Ativar AcessibilidadeAtivar Acessibilidade

Pesquisa mostra que para 94% dos moradores do Sul a dengue pode ser evitada, mas região está em alerta com o aumento de casos e óbitos

18 de agosto de 2022
Brasil já registrou mais de 1,1 milhão de casos em 2022; região Sul apresenta a segunda maior taxa incidência da doença no país e Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul estão entre os Estados com maior número de óbitos registrados 

Agosto de 2022 – Pesquisa inédita realizada pelo Ipec (Inteligência em Pesquisa e Consultoria), a pedido da biofarmacêutica Takeda e com coordenação científica da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), avaliou a percepção de 2 mil brasileiros sobre a dengue e mostrou que, apesar de amplamente divulgada, várias informações básicas sobre a doença ainda não são de pleno conhecimento da população. Além disso, o estudo revelou que a pandemia de COVID-19 contribuiu para a redução de cuidados com a doença e até mesmo para mudar a percepção sobre ela.  

De acordo com o Ministério da Saúde, foram registrados 1.172.882 casos prováveis de dengue no Brasil nos primeiros seis meses deste ano, aumento de 195,9% em relação ao mesmo período do ano passado.1 Em 2021, houve uma queda no registro de casos e mortes em relação a 2020. Foram 544.460 casos prováveis de dengue, enquanto em 2020 os registros chegaram à marca de 1 milhão no país.2 A subnotificação e o isolamento social por causa da pandemia de COVID-19 podem ser algumas das explicações para a queda. 

Nesse contexto, a pesquisa revelou que, entre os entrevistados da região Sul, 27% acreditam que a doença deixou de existir durante a pandemia e 21% avaliam que o risco de contrair dengue diminuiu no período. Entre as razões, foram mencionadas não ter ouvido mais falar em dengue e que “toda doença agora é COVID-19” e não há casos de dengue. O fato de considerarem que a dengue deixou de existir durante a pandemia pode levar ao relaxamento das ações preventivas, aumentando o risco de contraírem a doença. Entre os entrevistados da região Sul, 43% consideram que os cuidados com a dengue diminuíram no cenário da pandemia.  

O Sul é a segunda região do país com a maior taxa de incidência da doença (983,9 casos/100 mil habitantes) no período analisado, ou seja, um total de 299.139 casos prováveis de dengue. Os três Estados da região estão entre aqueles que apresentaram o maior registro de óbitos, ficando atrás apenas de São Paulo:  Santa Catarina (66), Paraná (60) e Rio Grande do Sul (57)1. 

“Essa realidade revelada pela pesquisa é preocupante. Com a urgência da pandemia de COVID-19, muitas doenças infecciosas, como as arboviroses (que inclui a dengue), foram colocadas em segundo plano e até esquecidas. Precisamos retomar a discussão e cuidados com a dengue, focando em disseminar informações e campanhas de conscientização que estimulem a prevenção”, afirma Alberto Chebabo, médico infectologista e presidente da SBI.  

O levantamento também apontou que 30% dos entrevistados de todo o Brasil afirmaram já ter tido dengue. Na região Sul, 9 em cada 10 (91%) entrevistados afirmaram que nunca pegaram dengue, a menor taxa entre as regiões do país. O Sul também é a região com a menor proporção de entrevistados (33%) que disseram que conhecem alguém que já teve a doença – a média nacional é de 70%.  

A pesquisa mostrou que ainda existe um longo caminho para conscientização da população. Apesar de ser a região com a menor proporção de respondentes que afirmaram que tiveram a doença, entre aqueles que pegaram dengue, 56% não fizeram nenhuma mudança de cuidados de controle da dengue em casa após adoecerem. 

O estudo foi realizado entre os dias 19 e 30 de outubro de 2021, com 2 mil pessoas, a partir de 18 anos, de todas as classes sociais e regiões do país. A margem de erro é de 2 pontos percentuais. A região Sul é representada por 15% dos entrevistados. Acesse a pesquisa completa aqui. 

Desconhecimento sobre a dengue 

O levantamento apontou dados preocupantes sobre a falta de conhecimento de informações básicas sobre a dengue, mostrando que há um gargalo na conscientização da população. A forma exata de contágio não é de pleno conhecimento da população: 15% dos entrevistados do Sul desconhecem como a doença é transmitida – porcentagem maior que a média nacional (12%). Picada do mosquito (81%) e água parada (20%) aparecem como as formas mais citadas.  

Mesmo tendo grande assertividade para os locais com maior risco de contágio, mais de 50% associaram como situações de risco: pessoas que nunca tiveram dengue, mais velhas e com imunidade baixa.  

Outro dado importante revelado foi que 69% dos entrevistados da região Sul não sabem quantas vezes uma pessoa pode contrair a doença – a maior taxa entre todas as regiões do país – e 16% afirmam que podem contrair um número ilimitado de vezes.  

Quanto à prevenção, o levantamento apontou que 94% dos moradores da região Sul acreditam que a dengue pode ser evitada.  “A população sabe o que é a dengue e qual a forma de prevenção, mas vemos poucas ações concretas para diminuir a proliferação do mosquito vetor. O trabalho dos agentes de saúde é fundamental para mudar esse comportamento”, afirma Rosana Richtmann, médica infectologista.  

Conscientização e Fake News  

A pesquisa também avaliou o interesse dos brasileiros na busca e por informações sobre a dengue. Apesar de 67% terem declarado que não buscam informações sobre a doença, quando questionados quando sobre o interesse, 53% dos entrevistados da região gostariam de receber informações. Destes, a internet é o meio de comunicação mais citado por 69% dos respondentes.  

A pesquisa também buscou entender o quanto as fake news impactam a comunicação com a população. Quando questionados sobre a verificação de assuntos de saúde, 78% dos entrevistados da região Sul disseram checar a veracidade das informações. A internet foi citada como a maior fonte: sites de notícias (31%) e Google (27%).  

Para contribuir com a disseminação de informações confiáveis e educativas a respeito da doença, a biofarmacêutica Takeda lançou o site Conheça Dengue. O portal, que traz dados atuais, mitos e verdades, informações sobre sinais e sintomas para identificar a dengue, tem como objetivo ser mais uma fonte confiável de informações e ajudar na conscientização e combate à doença no Brasil.  

SOBRE A DENGUE 

A dengue é uma doença infecciosa, que pode evoluir para formas graves, acometendo bebês, crianças e adultos. Existem quatro sorotipos do vírus da dengue (DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4). 3,4 A dengue está presente em mais de 100 países de regiões tropicais e subtropicais e está diretamente relacionada a fatores climáticos, como chuvas, temperaturas mais elevadas, umidade relativa do ar, além de outros fatores, como a crescente urbanização não planejada, globalização, aquecimento global etc. Além do impacto físico, a doença acarreta um importante ônus socioeconômico e impõe um grande desafio para a saúde pública onde está presente.3 

A dengue é transmitida a humanos por meio da picada do mosquito infectado (fêmeas) Aedes aegypti. Outras espécies do gênero Aedes também podem atuar como vetores, porém desempenham um papel secundário ao Aedes aegypti. 3,4 A dengue é a doença transmitida por vetor que cresce de forma mais rápida no mundo, e sua incidência cresceu dramaticamente nas últimas décadas. Como a grande maioria dos casos é assintomática ou leve e, mesmo os sintomáticos, muitas vezes, não são notificados, os números reais são subestimados.3 

A suspeita de infecção por dengue acontece quando o paciente apresenta febre alta (> 38°C) acompanhada por pelo menos dois dos seguintes sintomas: dor atrás dos olhos, manchas vermelhas na pele, náusea e vômito, dor de cabeça severa, dores musculares e articulares.4 Não existe um tratamento específico para a dengue. As medidas adotadas devem visar o controle dos sintomas. Pacientes com suspeita de dengue devem buscar orientação médica logo ao surgirem os primeiros sintomas da doença. Em casos de dengue grave, o atendimento médico é fundamental para a manutenção do volume de fluido corporal.3 

A melhor forma de prevenção da dengue é evitar a proliferação do mosquito Aedes Aegypti, eliminando água armazenada para impedir possíveis criadouros, como em vasos de plantas, pneus, garrafas plásticas, piscinas sem uso e sem manutenção, e até mesmo em recipientes pequenos, como tampas de garrafas.5  

Sobre a Takeda Pharmaceutical Company Limited 

A Takeda Pharmaceutical Company Limited (TSE: 4502/NYSE: TAK) é uma líder biofarmacêutica global, baseada em valores e orientada por Pesquisa & Desenvolvimento com matriz no Japão, comprometida em descobrir e fornecer tratamentos que transformam vidas, guiada por nosso comprometimento com pacientes, nossas pessoas e o planeta. A Takeda concentra seus esforços de P&D em quatro áreas terapêuticas: Oncologia, Doenças Genéticas Raras e Hematologia, Neurociências e Gastroenterologia (GI). Além disso, fazemos investimentos direcionados em P&D de Terapias Derivadas do Plasma e Vacinas. Nosso foco está no desenvolvimento de medicamentos altamente inovadores que contribuem para fazer a diferença na vida das pessoas ao expandir a fronteira de novas opções de tratamento e impulsionar nosso setor de P&D aprimorado e colaborativo e capacidades para criar um pipeline robusto em diversas modalidades. Nossos colaboradores estão comprometidos em melhorar a qualidade de vida de pacientes e em trabalhar com nossos parceiros de saúde em aproximadamente 80 países. Para mais informações visite o site https://www.takeda.com 

Informações para a imprensa 

kubix: [email protected] e [email protected]   

 

Referências  

  1.  Ministério da Saúde. Boletim Epidemiológico, Volume 53, Nº 24. Junho 2022. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/boletins/boletins-epidemiologicos/edicoes/2022/boletim-epidemiologico-vol-53-no24/view. Acesso em agosto de 2022. 
  2. Ministério da Saúde. Boletim Epidemiológico Vol. 53 Nº 01. Disponível em https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/boletins/boletins-epidemiologicos/edicoes/2022/boletim-epidemiologico-vol-53-no1.pdf/view. Acesso em fevereiro de 2022.  
    World Health Organization - OMS. Disponível em https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/dengue-and-severe-dengue . Acessado em fevereiro de 2022. 
    Niyati Khetarpal. Dengue Fever: Causes, Complications, and Vaccine Strategies. J Immunol Res. 2016; 2016: 6803098 
    Ministério da Saúde. Saúde de A a Z. Dengue. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/d/dengue-1/dengue.  Acesso em dezembro de 2021.  

 

C-ANPROM/BR/CORP/0286 – Ago/2022 | Material destinado ao público em geral